Me pediram para lhe dizer que você é delicadamente encantador, e inegavelmente sedutor. Te olhar por entre fechaduras é como observar o pôr do sol por entre janelas que não se pode pular. Seu cabelo bagunçado e seu andar desajeitado faz com que eu viaje no improvável afim de um dia poder te deitar no meu colo e fazer cafuné. Minha audição se prende na tua risada e meu olhar perdido se encontra no formato da tua boca, que por sinal eu poderia ficar admirando por horas.
Sutilmente você me fez notar o jeito desengonçado de amarrar o sapato, a ansiedade com que rói as unhas e como se encara no espelho. Você consegue ser tão detalhado sem ser detalhista, todo confuso com objetivos mas confiante com adjetivos.
Como uma caixinha de surpresas, você se revelou pra mim, e como foi bom ter aquela visão. Quantas coisas bonitas você guardou para si mesmo por tanto tempo.
Quando te encontrei voltei a ser o que já fui há muito tempo e nunca devia ter deixado para trás, você me libertou sem nem ao menos saber disso. As fechaduras ainda me mostrando novos caminhos, e se quiser, pode vim comigo.
Mas olha, minha amiga que mandou dizer...
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