Páginas

Menu

5 de agosto de 2015

INTITULARE



Que a gente não se perca nessa estrada da vida e, se o acaso vier a fazer nós dois nos desencontrar, que nos encontremos também no acaso, numa curva ou debaixo de uma árvore que traga sombra e frescor. 
Que nenhuma discussão traga mágoas e cicatrizes e sim, que a terminemos com um beijo e depois nos amando como sempre. 
Que toda noite fria seja aquecida por corpos nus e sedentos de amor. 
Que todo choro e toda lágrima que derrubemos seja de alegria. Que quando nos encontremos seja como na primeira vez: selado por um abraço caloroso e um breve silêncio. E que nas noites de insônia, um cafuné seja o nosso remédio. 
Penso que certas coisas na nossa vida só acontecem uma vez. E que a probabilidade do acaso do erro ser algo que venha a ser o certo é muito pequena. Penso também: como é que podemos dar certo assim, ser como somos se somos tão incompatíveis? Como eu posso amar alguém que é tão o oposto do que eu sou? Como eu posso querer tanto alguém que eu simplesmente não suportaria em tempos passados? 
E aí quando eu lembro da sua pessoa, do seu sorriso e do seu olhar eu tenho as respostas possíveis e impossíveis. Um quebra-cabeças não se monta com pessoas repetidas, opostos de atraem. Discos tem o lado A e o lado B. Caminhos se cruzam. Destino talvez exista pra quem acredite nele. Perfeição? A mesma coisa, só pra quem acredita. 
E as coisas impossíveis? É que não se luta contra a maré porque a correnteza te leva, afoga. 
Então está aí! Você me leva, me afoga, eu não consigo ir contra o que pensei ser possível no início. Hoje eu só posso ter a certeza que a cada dia te quero mais. Você me faz bem e quando está longe, ausente, falta algo. Falta você (completamente). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário