26 de julho de 2015

TUDO MISTURADO


A paixão pode ser o outono e o amor a primavera, o fim do inverno. Mas tem muita gente que curte o fim do inverno... Talvez a paixão seja mais do que isso, afinal, não é através da paixão que surge o amor? – São as portas para o amor! A paixão é a chama que o acende.
O amor é o auge dos sentimentos e emoções. – E o amor é a confusão de tudo junto, é o que deixa do avesso e confuso com tudo o que sentimos. É tudo evidente.
A tempestade pode acontecer na transição da paixão pro amor, é o sol depois da tempestade e, nem sempre é tudo tão perfeito pois às vezes não existe tempestade. Às vezes são só as breves chuvas de verão ou uma longa garoa.
Pode ser também o cheiro de terra molhada ou o pisar na grama úmida. O calor do chocolate quente numa tarde gélida, ou o colo aconchegante. Pode ser um peito para podermos encostar e ouvir o coração bater, senti-lo acelerar e bater descompassado...
Confesso que eu tenho uma queda tipo ribanceira por você. Queda daquelas de penhasco. Queda pelo seu sorriso e pelo jeito despreocupado que você anda. Também tenho queda pela sua boca que é um imã que me atrai. Seus olhos que são o espelho do alma e esboçam qualquer sentimento sentido. 

Gosto de olhar nos olhos. Sentir o calor de seu abraço. O cheiro da sua pessoa em minha roupa.
Olhando sua boca, eu imagino um beijo bem doce, meigo, aquele devagar... - Esse beijo com vontade, é uma delícia. A mão na nuca descendo até a cintura. Me puxando pra colar o teu corpo no meu e assim sentirmos o calor do momento. O fogo acender e o resto do mundo virar um borrão. Agora somos só eu e você: você me tem e eu te tenho. Sussurrando besteiras, respiração ofegante. Você me tem. Pegue o que é seu por direito. Vamos lá, não hesite! Me beije, me sinta, me tenha. Sou sua, por favor tenha a consciência disso. Seja meu lençol, meu cobertor, minhas vestes. Seja meu!

Venha até a mim à passos lentos. Devagar, toma-me. Serei o que quer que eu seja. Por favor não hesite! Sejamos um só nesse momento tão íntimo. Seja meu sol depois da tempestade. Seja meu pão. Meu café... Seja meu único e completo vicio. Enquanto a chuva cai lá fora e o vento bate à janela, esteja aqui de conchinha entrelaçando suas pernas com as minhas. Fique aqui, não precisa ir agora. Passe essa noite comigo, sejamos um só.

Sejamos como queijo e goiabada, seja café com leite, minha Nutella com biscoito de polvilho, minha tapioca com coco. Seja meu mantimento, seja meu horizonte. Seja minha luz, aquela que me guia nas noites escuras... Seja a mais linda sinfonia de Mozart. Seja “Wish You Were Here” ecoando em meus ouvidos. Seja a tela pintada por cegos. A sinfonia composta por surdos. O poema não recitado pelos mudos. Seja! 

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