13 de dezembro de 2014

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O despertador tocou. Sentei na cama e depois coloquei os pés no chão. Respirei fundo e disse pra mim mesma: "ok! Você consegue. É só mais um dia de muito dias insuportáveis. Vamos!" Levantei. Me olhei no espelho e disse alto "ok, está tudo sob seu pleno controle. Está tudo sob controle agora! Sempre vai estar..." Mas não estava. Não mesmo... A gente vai fingindo até onde dá não é mesmo? 
E assim recomeçou mais um dia da minha história de vida infeliz e incompleta. Essa não é a vida que alguém queira ter e se existe reencarnação eu encarnei no corpo errado e estou pagando um preço alto por algum erro na vida passada, porque olha... Tá ruim em! Baseado no que sinto eu não sinto nada. O que eu espero não é muito, apenas que a vida me leve pelo tal curso que segui até aqui: o mais monótono possível porque cá entre nós nunca vi ou senti uma mudança drástica acontecer. 
Relativamente eu sou aquela solitária confessa. A chata e rabujenta. Aquela que reclama de tudo e que não curte piadinhas. Eu tentei fugir do que eu sou, fui sendo alguém que não era mas isso foi um (dos) erro da minha vida. Tentei curtir e ser mais amiga, tentei ser legal e divertida mas é algo que eu considero forçado. Eu tentei entender mais e me colocar no lugar do próximo (também esperei que fizessem isso comigo mas não aconteceu) também tentei sentir mais e não foi bom. Eu não sou engraçada e nem divertida. Tenho um lado negro que é só meu e que também não faço questão de que vire luz. Acho até que a escuridão é a minha amiga e torna as coisas um pouco mais fáceis pra mim. O que eu quero e vou conseguir com o pouco de força e fé que ainda me restam é me isolar, viver só pra mim ou pra me dedicar a alguma coisa. Não importa quão quebrada eu esteja por dentro vou continuar intacta por fora. Não vou permitir que me vejam fraquejar novamente. O controle é meu e definitivamente eu não quero perdê-lo novamente. Cometemos erros e consequentemente aprendemos com eles e assim vai continuar sendo mas vai ficar comigo, dentro de mim. E assim sigo o curso do meu rio calmo e turvo. 


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