Eu queria saber o real motivo pelo qual eu ainda sou tão assim, quando o assunto se refere a ele... Juro que queria saber... É como se fosse uma dependência, como se eu necessitasse da presença dele todos os dias ao meu lado. Eu queria que você soubesse que ainda dói aqui dentro. Que eu falo pra todo mundo que não, mas que ainda dói, e muito. Eu queria que ele soubesse o quanto eu preciso do seu abraço quando estou triste, ou o quanto eu tenho vontade de pular nos seus braços como eu fazia quando estava feliz. Eu queria que você soubesse o quanto eu fico triste ao perceber a sua tristeza, e o quanto eu fico feliz ao ver que você está feliz. Eu queria que você soubesse o quanto eu sinto saudade do seu beijo. De como eu amava quando você chegava com aquelas mãos pálidas e geladas e colocava no meu rosto só pra me ver brava, e que eu detestava o jeito que você segurava minhas mãos, que eram tão pequenas e sensíveis perto das suas, mas mesmo assim ele as apertava sem dó, só pra me ouvir gritar e depois rir da minha cara.
Ah, como eu amo aquela risada, que sai sem dó através da sua garganta, e com aquele sorriso lindo que tinha uma covinha bem no lado esquerdo... sim, eu lembro de tudo isso. Eu também queria que você soubesse que eu ainda lembro das nossas aventuras no passado, de todas as brigas que enfrentamos para tudo nos unir novamente. Queria que você soubesse que eu ainda lembro dos seus olhos fixados aos meus dizendo palavras lindas, que me deixavam totalmente boba e encantada como uma criança quando recebe a primeira boneca. Bem que você poderia saber que eu ainda lembro de cada detalhe daquele dia, do nosso primeiro beijo, das nossas risadas altas, do silêncio constrangedor, das nossas risadas depois de um longo silêncio. De como eu me encostei em seu ombro e olhei para aquele céu nublado, e você simplesmente fez cócegas em mim. Até porque, você nunca foi lá muito romântico, tinha seus momentos, mas o seu alvo era sempre me irritar. E sempre conseguia. Ah, pode saber que eu também amo esse teu lado todo durão de ser, orgulhoso, irônico e infantil. Que na verdade, esses são algumas das muitas coisas que eu amo em você, e essas coisas fazem com que eu ache você tão perfeito pra mim como você é. E não vai ser pra mais ninguém.
Eu queria não aceitar, queria te proibir de amar outra pessoa, queria te guardar dentro de uma caixinha e não te tirar de lá nunca mais, para você ser realmente como eu queria que fosse: meu, somente meu. Ah como eu queria de volta a tua voz gritando comigo no telefone, as suas mensagens pra mim de madrugada, ou você indo dormir cedo. Como eu queria te zoar por causa de alguma coisa, ou sentir de novo aquele ciúmes meu exagerado que sempre te estressou tanto, e poder ouvir você dizer irritado "Graziela, para de ciúmes eu sou só seu!", é, eu também amava te deixar irritado por causa disso só pra ouvir essas palavras. E sabe? Daria de tudo para poder ouvir elas mais uma vez. Mas uma vez não... Me enganei. Mas algumas vezes... Quem sabe 3 vezes ao dia, durante 365 dias por alguns... mil anos?! Ah como eu queria poder acordar ao teu lado todos os dias, brigar, jogar travesseiros em você e abrir a cortina de manhã para você acordar, pois sei que não há nada nesse mundo que te estresse mais (além do meu ciúmes exagerado) do que ser acordado. Mas tudo bem, sr. Bravinho, te encheria de beijos e você colocaria o travesseiro na cabeça para se proteger da luz... É, eu sei. Eu te conheço tão bem, que as vezes, ou sempre, acho que ninguém te ama mais do que eu. Não que amor seja conhecer, mas isso faz parte.
Eu só queria mais uma coisa, que pode ser meio complicado pra você que diz amar outra: queria que você pensasse em tudo, e talvez, por acaso, descobrisse que me ama mesmo...
Se cuida, chatinho. E eu te amo."
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